sábado, 15 de novembro de 2008

sem palavras


O medo tem um sentido bem ali
Onde as palavras escorregam
Nem me adianta gaguejar, criar reticências, murmurar monossílabos vagos de significados
Correr, muito menos.
Fico tão sozinha são elas!
Guardei os nós na garganta
Aquele buraco que cresce no meio da barriga
As lágrimas que não tinham para onde ir
E todos retornaram em silêncio.
Você ouve esse abismo?
As palavras têm um sentido bem ali
Onde os medos escorregam.

6 comentários:

  1. Glória,

    Obrigado por visitar meu blog. Adoro tudo, tudo, tudo o que você escreve.

    Tenha um excelente fim de semana!

    Beijos,

    Sr. Anônimo.

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  2. Vento nada! Nem quando quer ser brisa. Você é sempre ventania, forte, intensa mas muito doce, com um humor meio ingênuo, ventania perfumada que eu gosto de sentir no meu rosto, esvoaçando meu cabelo e minha vida.
    Minha admiração é tão grande que as vezes fica até difícil ser sua amiga. Tenho que te tirar do meu pedestal de Deusas e sorrir contigo, jogar conversa fora, falar umas besteiras...
    Beijos

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  3. Oi, também adorei te conhecer. Adoro blogs, você sabe. Adoro o seu e tomei a liberdade de colocá-lo na minha lista de blogs amigos. Não vamos deixar morrer essa idéia do "grande encontro de blogueiros". Bjos!!!

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  4. O que é Glória para mim hoje.

    Na minha frente só via um rio. Desses que a correnteza leva tudo pra se chocar com as pedras maliciosamente distribuídas em seu leito. Nas minhas costas, meus demônios corriam vorazmente pra me alcançar. Mata fechada em ambos os lados e o rio na minha frente. A decisão me parecia impossível.
    Toda decisão me parece impossível, mesmo aquelas que as possibilidades não aparentam risco algum. Mas essa era pior, sim, muito pior. Nenhuma conseqüência seria fácil. Não podia nem ficar parado. Era enfrentar o risco da correnteza e esperar (sim, de esperança) que um dia as águas se acalmassem e as pedras sumissem ou me entregar aos meus antigos demônios, e viver sempre em meio a o emaranhado tortuoso do medo.
    O tempo da decisão foi o tempo de bater os olhos e ver um tronco de arvore coberto de um musgo vivo e borboletas brancas, que descia o rio gritando silenciosamente – SE JOGA.
    Me joguei. A sensação da queda era o medo da vida (este bem pior do que o medo da morte). Afundei, e na hora que subi de volta a superfície já estava agarrado ao belo pedaço de madeira nobre. Flutuávamos os dois sem saber pra onde. Deste pedaço de arvore tirei meu alimento e a segurança de jamais morrer afogado. o pedaço de pau, dotado de vida própria, me ensinava a desviar das pedras. Me ensinou que para escapar das pedras desse rio, é necessário muito esforço.

    Continua em breve...

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  5. .escrita linda.
    adoro,ó
    beijos, Glorita.
    :*

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  6. Tem algo de tão teu por essas bandas que a única informação que posso então aqui comunicar é o é evidente: esta é a Glória.

    Para entendê-la tem que se saber antes de seu lirismo da euforia, lirismo da agonia e lirismo da leveza. è uma prazer trafegar por essas letras tão suas. Muitos outros deveriam ter o talento de tornar seus dias encantados e, por que não, firmes.

    Parabéns pelo blog encantado e nada catársico.

    Um beijo escrito.

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Ventanias