rédeas soltas
tamanho sem beira
silêncio na ponta da língua
olho certeiro de cangaceiro
compondo a retina
o alvo se esgueira
mãos ao alto
corpo sem fronteira
sussurro sobre ombros
desejo armado da presa
furando vereda
estampido grito do vaqueiro
pernas livres de esporas
cavalo sem cela
galope de dois em desatino
dedos molhados da pequena morte
invadindo a fera
cheiro de fêmea não tem cancela
tamanho sem beira
silêncio na ponta da língua
olho certeiro de cangaceiro
compondo a retina
o alvo se esgueira
mãos ao alto
corpo sem fronteira
sussurro sobre ombros
desejo armado da presa
furando vereda
estampido grito do vaqueiro
pernas livres de esporas
cavalo sem cela
galope de dois em desatino
dedos molhados da pequena morte
invadindo a fera
cheiro de fêmea não tem cancela
tudos, mulher!!! o último verso é "uma coisa". uma coisa que cabe tudo, até trem de mineiro :)
ResponderExcluirbeijo.
imagino, glória, que as fêmeas no cangaço expediam o aroma de suas ovulações feito peixeiradas no cangote dos cabras...
ResponderExcluirminha nossa senhora, esta ultima frase me arrebatou!
ResponderExcluirum beijo pra minha poeta.
Forte e guerreira
ResponderExcluirsem limites,
ninguem freia.
Apenas mulher
de seio,
sem receio.
Keep going...
Maria Bonita e Lampião. Bonnie and Clyde. Heróis ou vilões.
ResponderExcluirSobretudo histórias bonitas de amor, de paixão e traição, levadas até às últimas consequências.
Poema que arrebata, que incendeia as nossas veias.
Beijos
victor Gil
Poemaço, Glória.
ResponderExcluirSenti saudades e vim a galope, pena que não na garupa do pistoleiro.
Lindos os dois em desatino com os dedos molhados em gozo!
Gosto qdo vc retira seus poemas da prosa toda ela poema
Eita!
ResponderExcluirIsso é bom demais!
Minha amiga,
você quando decide exuberar, não tem pra ninguém...
O meu email é: rossanamasiero@gmail.com
Quando quiser e puder me escreva.
beijos
Rossana
Mas é que eu precisava voltar e dizer dessa energia concentrada esperando pra explodir no meu olho.
ResponderExcluirdepois vc diz que ....bom vc diz bobagens, tb;))
Temos fotos bonitas do cangaço aqui na minha cidade. Vc precisa vir aqui nos visitar. Moramos tão pertinho. Bjos menina.
ResponderExcluirIncrível, esta mulher. Só ela mesmo para permanecer forte e inesquecível ao lado de um homem como o Virgulino.
ResponderExcluirBeijo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirHistória de amor e cio.
ResponderExcluirGarra, cangaço, suor, vida, tesão.
Um poema com cheiro de suor !
Alvo certeiro : O leitor que se delicia com sua poesia.
A última frase é D+
Parabéns, Glória !
Poucas pessoas transformam uma realidade tão bruta em versos tão delicados!
ResponderExcluirBeijos
Gostei. Bom cunho. Como está? Eu ao lê-la vi um cruzar de linhas, imaginando "cheiro de fêmea não tem cancela" - com "cheiro de fêmea não é canela." Gosto da tua forma de poetar.
ResponderExcluirAbraço,
R.Vinicius
Que poema diferente! Muito interessante.
ResponderExcluirE quanto ao cheiro da fêmea, acho até que abre cancelas, e tira os bichos dos prumos, desembesta mundo afora. rsrsr
abraços. Adorei!
Lindo poema, Glorinha, adorei.
ResponderExcluirbeijos, muitos
Carpe Diem!!
valei-me Deus, se um dia pensei em ser a bonita Maria no então agora consegui mais do que quis.
ResponderExcluirGalope de dois, pernas sem esporas com um certo cangaceiro tão próximo, de dar prazer. Tudo a exalar cheiro de fêmea no calor laranja, com brisa azul esvoaçando cabelos e poeira. A forma de si mover é a que mais dá prazer, até o vento circula.
tanto cheiro que as narinas desejam...
e o tempo? este nunca passou.
beijo aniversariante mais linda.
tem cancela mermo nao, minina :)
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOie linda Mulher, perdoe-me o afastar de pouso por aqui, passo por dias muito corridos e quando começo a ler outros blog's e no comentar, acabo deixando uns de fora, pois quando percebo, a hora voou, e no dia seguinte madrugo. olha, que escrito saboroso de se ler e belo. Esse seu dote literário é fabuloso e coloca muitos renomados no chão hein !?
ResponderExcluirBem amada, beijos mil e perfumados viu.
Priscila Cáliga
fiquei encantado com o teu blog!!! parabéns!
ResponderExcluir(www.minha-gaveta.blogspot.com)
Mas essa Glória é muito maravilhosa, meu deus do céu! Que poema lindo. Tão lindo quanto você, que transborda de intensidade!
ResponderExcluirPoema destilando feromônios pelos pontos, vírgulas e exclamações de topor e volúpia em meio a caatinga do agreste.... Faz Amélias, desgrudarem-se do chão para auto arremessarem-se contra as paredes. Por Maria mais que Bonita traduzir sua feminilidade. A femea não escondida ou contida...
ResponderExcluirBom final de semana!!
Hod
Amei o poema.
ResponderExcluirComo mulher vivo na peleja para aprender a dizer não para as convenções patriarcais (silensiosas e hipócritas) e dizer sim ao desejo.
E o teu poema colocou muito movimento em mim, mulher.
Bj.
Amei o poema.
ResponderExcluirComo mulher vivo na peleja para aprender a dizer não para as convenções patriarcais (silensiosas e hipócritas) e dizer sim ao desejo.
E o teu poema colocou muito movimento em mim, mulher.
Bj.
Desejo de cangaceiro
ResponderExcluirlivre e solto sem rédeas!
Que desejo bom é assim
sem cancela!
Como suas linhas ao vento!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNenhum cheiro tem cancela. Nenhum gosto tem paladar. Quanto mais se provém de fêmea. Por isso existem as palavras: nomes rasos que emponcham o vazio de tudo quanto nos rodeia. Apesar dessa constatação, a poesia, que alguns dizem ser aquilo que traz o poema, muito embora eu considere isso técnico demais, consegue diminuir espaços entre os seres assim como consegue levar minhas palavras do Rio Grande do Sul até seus olhos da Bahia. Acho que isso de poesia é quase como o desejo: apenas um nome para a libido ou para o tesão que se transmuda em gestos a cada toque. Importa saber quantos bisturis nosso peito aguenta e quantos ainda iremos nomear para os nossos palpitares (os quais, no meu caso, são "nites" de extremos fossos nos quais quero mergulhar). Gostei muito do seu poema (e também do seu sábio comentário sobre o meu texto "gambirrento" acerca do Brasil). Um beijo enorme.
ResponderExcluirQue coisa linda!
ResponderExcluirAdoro metaforas inteligente assim!
<3
Olá!
ResponderExcluirSuper legal...forte...denso!
Bom finde!!
Sumiu! Tá na garupa? Onde andará Glória?
ResponderExcluirCheiro, essencia e misterio de mulher!!! Saudade de vir frequentemente!
ResponderExcluirBeijosss!!!
Toc! Toc! Toc!
ResponderExcluirVocê está escondida atrás da porta?
Saudades das tuas palavras.
beijos
Rossana
Boa tarde.
ResponderExcluirPoema lindo e forte, com um verso final que resume a essência feminina: 'cheiro de fêmea não tem cancela'. Maravilhoso.
Grande abraço, Poetisa!
André L. Soares
http://poemasdeandreluis.blogspot.com/