(primeira versão)
Tomei os contornos do meu coração e o afixei num papel roto
Guardado em cofre, do lado da Nossa Senhora Desatadora de Nós
Havia de existir milagre!
Se havia!
Caso o deixasse entre braços, pernas, dedos, costas e rostos de graças alcançadas
Ele bem que poderia ter salvação.
O silêncio é o sal da redenção
Posicionei-o na prateleira
Tomei os contornos do meu coração e o afixei num papel roto
Guardado em cofre, do lado da Nossa Senhora Desatadora de Nós
Havia de existir milagre!
Se havia!
Caso o deixasse entre braços, pernas, dedos, costas e rostos de graças alcançadas
Ele bem que poderia ter salvação.
O silêncio é o sal da redenção
Posicionei-o na prateleira
Não tão destacado
Não me tomem como desalmada,
Isso não sou!
Tive toda a delicadeza e zelo
Embora bem cansada
Não dei as costas e nem fingi desconhecê-lo
Há tantos outros que aguardam obstinados em prateleiras de fé
Coloquei-o entre uma mão fechada, de boa aparência
e uma boca que deveria estar ali por ter calado.
Dos males o menor,
Amar em demasia povoa e funda poemas.
É preciso cuidado com o pedido alcançado
E se o amor se esvai de vez?
O tempo tem me assustado
Nem precisa preocupação, piedade muito menos
Pois ele sabe que os calendários apenas imitam o tempo
E o meu (nosso) “coração é cristalino, mais duro que diamante”
Resiste sereno e confiante.
Resta apenas ultrapssar o abismo
Eu sou eu, você é você: acreditamos em milagre?
Não me tomem como desalmada,
Isso não sou!
Tive toda a delicadeza e zelo
Embora bem cansada
Não dei as costas e nem fingi desconhecê-lo
Há tantos outros que aguardam obstinados em prateleiras de fé
Coloquei-o entre uma mão fechada, de boa aparência
e uma boca que deveria estar ali por ter calado.
Dos males o menor,
Amar em demasia povoa e funda poemas.
É preciso cuidado com o pedido alcançado
E se o amor se esvai de vez?
O tempo tem me assustado
Nem precisa preocupação, piedade muito menos
Pois ele sabe que os calendários apenas imitam o tempo
E o meu (nosso) “coração é cristalino, mais duro que diamante”
Resiste sereno e confiante.
Resta apenas ultrapssar o abismo
Eu sou eu, você é você: acreditamos em milagre?
Glória,
ResponderExcluirFiquei encantado com os versos! Tenha uma bela semana, constelada de alegrias.
Beijos,
S.A.
Sr. anônimo,já nos vimos?
ResponderExcluiruma boa semana para você, cheinha de serenidade!
Glória,
ResponderExcluirRespondendo à pergunta: talvez sim, em outras vidas. Ou nesta. Na verdade, nem acredito em vidas pregressas... Mas creio de fato numa nova vida, para todos, em um futuro simultâneo para todos.
Mas se não quiser esperar pelo Paraíso (risos), podemos combinar de pôr fim à incerteza do "já nos vimos?".
Cheiro,
S.A.
Em tempo: quase morro de rir lendo seu perfil. Gosta mesmo de camarões, não é? Lembrei-me até do Bubba (amigo do Forrest Gump), que só falava em camarões. Fica a sugestão: uma tarde qualquer, mucuripe, bons amigos, um pôr-do-sol, camarões, poesia... Quem sabe um violão.
ResponderExcluirBeijos,
S.A.
(...)
ResponderExcluir(...)
(...)
Minha harpa, agora só toco para mim.
Mas sei que a Santa Desatadora de Nós
está ao meu lado,
Ouvindo.
Canto um pedido:
“Que eu, como Homem, seja ponte
E atravesse o abismo”
E canto o milagre:
“Que os nós não se desatem,
antes virem laços eternos entre Você e Eu”