sábado, 4 de outubro de 2008
Para não dizer que perdi as cores
Eu fui buscar aquarela de volta
Há beleza no encontro fortuito
Nem um nem outro
Nada buscam
Sem meios-termos
Sem lados,
E caminhos.
Nem um nem outro
Que bonito são duas asas em vôo
Que apenas pretendem ir longe
E se descobrem em dueto no despenhadeiro
Nem um nem outro
Ainda que voem no mesmo plano
E se descubram no infinito
Que leveza são as cores dela
Derramando-se no branco do coração calado dele
Nem um nem outro
Mesmo quando faltam
O negror dos tempos cala suas asas
Elas habitam o pincel e a pallheta
E a paisagem se esconde sobre névoas.
Eis tu, minha aquarela branca! Tu que foste o mais belo,
Escondeu minha caixinha de lápis de cores,
Procurei no céu, na lua, nos lados, na luz e na escuridão
Desbotada e prenhe de um colorido perdido
Foi que olhei para a ponta dos dedos
E fui derramando azul, tão verdinho, aveludado de roxo, de um amarelo tenso....
E trouxe de volta a asas
De um e de outro
De todas as cores
Direito de Resposta a Duas Maneiras.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
sempre gostei muito dos teus escritos e agora vou poder acompanhá-los através do blog! que massa!!!
ResponderExcluirbeijos
Pois é Joice,
ResponderExcluirTroquemos escritos e outras impressões.
bjs
bora nessa...
ResponderExcluire caso resolva visitar meu blog vezenquando, será muito bem recebida.
beijos